O que é o “embedded payout” e por que importa?
Tradicionalmente, enviar recursos para outro país exigia preencher longos formulários de wire transfer, informar dados bancários completos e esperar dias para confirmação.
Com o avanço das fintechs e do embedded banking, marcas podem cortar o intermediário bancário, oferecendo transferências internacionais mais rápidas, baratas e acessíveis diretamente em seus aplicativos.
Uma das tecnologias que viabilizam isso é o push‑to‑card: basta o número do cartão Visa ou Mastercard do recebedor para que os fundos sejam creditados em minutos.
Essa simplicidade reduz drasticamente erros de digitação, elimina retornos de transferência e melhora a experiência do usuário.
Exemplos globais de sucesso
- Gig economy & fintechs: a Moves, plataforma que antecipa ganhos de motoristas e entregadores nos EUA, integrou push‑to‑card via Astra e observou aumento de 33 % nas ativações e um salto de 4,5 × no volume de transferências instantâneas, além de duplicar os depósitos em apenas três meses.
- Seguradoras: a Allstate adotou o Mastercard Send para pagamentos de sinistros e reduziu 50 % dos custos de processamento, enquanto o banco Evolve aumentou em 51 % o volume de transações e em 47 % o valor processado.
- Bancos digitais e recompensas: o neobank Fold viu o volume de transações subir 200 % e o depósito médio mensal aumentar em US$ 1 600 por usuário em 60 dias, e a plataforma de apostas FanDuel registrou que pagamentos instantâneos via Visa Direct representaram 25 % dos saques em cinco meses.
- Payouts corporativos: empresas como Aeroméxico utilizam a solução Latitude da Brightwell (baseada em Visa Direct) para reembolsos e reembolsos de passagens; a parceria permite que passageiros escolham a forma de recebimento e acessem o dinheiro rapidamente.
- Redes de remessas: Visa Direct possibilita remessas para cartões de débito em 30 minutos ou menos, com parceiros globais como Remitly, MoneyGram, Western Union, Nium, Xoom e Paysend. O alcance da solução é impressionante: mais de 4 bilhões de cartões elegíveis, 3,5 bilhões de contas e 3,5 bilhões de wallets em 195 países, com suporte a mais de 150 moedas .
Esses casos comprovam que o embedded payout não é apenas teoria: plataformas de seguro, gig economy, apostas, bancos digitais e companhias aéreas já usam push‑to‑card para agilizar reembolsos, pagamentos e remessas globais, melhorando a liquidez de usuários e reduzindo custos operacionais.
A facilidade de enviar para um número de cartão
No modelo push‑to‑card, basta inserir os 16 dígitos do cartão Visa ou Mastercard do destinatário. Não é necessário saber o banco, a agência ou os dados completos da conta.
O valor é enviado através das redes de cartão e depositado na conta associada ao cartão em tempo real, normalmente em minutos.
Isso elimina a dúvida sobre se o dinheiro “vai chegar ou não” – o emissor recebe confirmação imediata, e o recebedor visualiza o saldo quase instantaneamente.
Além disso, as plataformas de payout mantêm PCI compliance e gerenciamento seguro de dados, oferecendo proteção contra fraude e transparência no processo.
Para negócios que pagam milhares de pessoas físicas, essa simplicidade se traduz em menor carga administrativa, menos falhas de pagamento e maior satisfação dos usuários.
Mercado brasileiro de remessas e pagamentos
O Brasil está entre os líderes em inovação financeira. O mercado de pagamentos digitais deve alcançar US$ 312,76 bilhões em 2025, impulsionado por soluções como o Pix, utilizado por 76 % dos adultos brasileiros.
Paralelamente, o e‑commerce cross‑border deve crescer 32 % em 2025, e o uso de carteiras digitais cresce mais de 12 % ao ano.
Apesar dessa digitalização, transferências internacionais continuam caras e lentas: correspondentes bancários, múltiplas etapas e prazos de dias dificultam o fluxo de caixa das empresas.
Segundo pesquisa da Visa com empreendedores digitais, mais de 70 % mudariam de plataforma para ter um melhor sistema de pagamento e 80 % pagariam uma pequena taxa para receber instantaneamente; 90 % consideram a velocidade de pagamento muito ou extremamente importante.
Ou seja: o mercado está pronto para soluções de payout em tempo real que eliminem a imobilização de capital e melhorem a experiência de recebimento.
Segmentos‑alvo para o embedded payout
- Fintechs e bancos digitais: neobanks, wallets e plataformas de câmbio que querem oferecer remessas internacionais instantâneas, pré‑carregar contas ou remunerar clientes.
- Marketplaces e e‑commerce cross‑border: plataformas que liquidam ganhos de vendedores em vários países e precisam de pagamentos rápidos e rastreáveis.
- Gig economy, creator economy e afiliados: aplicativos de entrega, transporte, freelancing, streaming e redes de afiliados/influenciadores que fazem pagamentos frequentes a pessoas físicas.
- Seguros e programas de fidelidade: empresas que precisam reembolsar sinistros ou créditos de fidelidade rapidamente para melhorar a satisfação do cliente.
- Educação e serviços recorrentes: escolas, condomínios e plataformas de assinatura que querem automatizar reembolsos e devoluções para usuários em vários países.
Modelo de parceria com a Muevy
Para viabilizar o embedded payout no Brasil, a Muevy oferece uma plataforma white‑label pronta para integrar ou APIs.
A Muevy cuida de licenciamento, compliance cambial, reconciliação, FX em tempo real e conectividade com as redes Visa Direct e Mastercard Send, permitindo que o parceiro lance o serviço rapidamente sem reinventar a roda.
Assim, fintechs, marketplaces e plataformas de gig economy podem concentrar‑se em sua proposta de valor enquanto oferecem a seus usuários uma experiência de pagamento global e instantânea.
Estrutura de pricing sugerida
- Tarifas escalonadas: taxas decrescentes conforme o volume de transações aumenta, incentivando grandes players a migrarem seus fluxos para o modelo push‑to‑card.
- Take rate transparente: cobrança por transação com margem competitiva e detalhamento de câmbio e tarifas para o cliente final.
- Incentivos de onboarding: descontos ou isenção de setup para parceiros que integrem o serviço nos primeiros meses, acelerando a adoção.
- Liquidez em stablecoins ou BRL: possibilidade de pré‑carregar a conta em reais ou stablecoins, reduzindo risco cambial e permitindo câmbio em tempo real.
Marketing e diferenciais competitivos
- Mundial e rápido: remessas e pagamentos para mais de 195 países, com liquidação em 30 minutos ou menos nos cartões Visa.
- Para cartão ou conta: escolha a melhor rota de recebimento – cartão de débito/crédito/pré-pago, conta bancária ou wallet, sempre com confirmação imediata.
- Rastreável e seguro: acompanhamento de cada transação em tempo real, conformidade com PCI e protocolos de segurança; o Visa Direct bloqueou US$ 40 bilhões em fraudes em 2024.
- Casos de uso reais: cite clientes pioneiros (Moves, Allstate, Aeroméxico) cujas métricas de adoção e eficiência comprovam o valor da solução.
- Primeiro no Brasil: enquanto a maioria das remessas ainda exige dados bancários completos e espera de dias, a Muevy é a primeira a permitir payout via cartão para pessoas físicas, em segundos.
Conclusão
O mercado global de remessas superou US$ 905 bilhões em 2024 e continua em crescimento, enquanto o Brasil se consolida como líder em pagamentos digitais e busca soluções eficientes para enviar e receber dinheiro do exterior.
O embedded payout via cartão resolve um problema estrutural: reduz a imobilização de capital, simplifica o fluxo de caixa e entrega uma experiência instantânea para o usuário final.
Ao posicionar a Muevy como infraestrutura de pagamento cross‑border pronta para uso, com parcerias estratégicas e pricing competitivo, estamos na vanguarda de uma transformação que vai beneficiar fintechs, marketplaces, plataformas de gig economy e milhares de brasileiros que precisam realizar pagamentos globais de forma rápida e segura.